quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Fundo de Apoio a Cultura 2009, por enquanto só uma expectativa de direito.

O Grupo de Produçao Cultural da UnB esta fazendo uma pesquisa sobre o Fundo de Apoio a Cultura do DF e seus reflexos na cadeia produtiva local. A idéia e fazer um levantamento do impacto da Lei, perfil dos contemplados, sua eficiência enquanto política entre outros aspectos.
Para esta primeira fase, vamos concentrar nossa pesquisa no FAC 2009, que ainda nem começou a ser executado.
Para tanto a rede social agenda pública:bsb 50 anos em parceria com o Forum de Cultura do DF esta levantando todos os dados disponíveis Edital 2009.
Até o momento o que temos é o empenho de parte dos contemplados no Edital 2009.
Este empenho foi feito em Dezembro de 2009 e perfazem R$ 8.879.940,70 ( oito milhões, oitocentos e setenta e nove mil, novecentos e quarenta reais e setenta centavos )conforme demonstra a lista publicada em anexo.
Este foi todo valor empenhado em 2009, apesar da promessa feita em reunião com a categoria no início de Dezembro pelo Subsecretário Beto Sales de que haveria o empenho de todos os projetso contemplados no Edital de 2009 ate o dia 31.12.2009, o que somaria R$ 19.000.000,00 ( Dezenove milhóes ).


Infelizmente, apesar de toda a mobilizaçao do FORUM DE CULTURA DO DF e demais movimentos culturais, mais um exercício se finda sem que o FAC tenha sido executado em sua totalidade.
A categoria, indignada com a situação e principalmente a falta de informações referentes ao restante dos projetos ainda a serem empenhados, esta se mobilizando para uma agenda de protestos, desta feita em prol da execução DE FATO de uma política pública que poderia servir de referência para o país mas até o momento não passa de mais uma das expectativas frustradas e frustrantes do atual governo.
O que temos de concreto é que NOVAMENTE o FAC de 2009 será pago com os recursos do FAC de 2010 e assim mesmo não sabemos quando.
E o que temos de conreto até o momento são produtores de todas as cidades do DF e projetos culturais e socio-educativos importantes sendo. na melhor das hipóteses, adiados quando não cancelados.
Segundo a Profa. Beatriz Salles, coordenadora do Grupo de Produção Cultural e militante do Forum, a luta pela Lei do Fundo de Apoio a Cultura do DF está intrinsecamente ligada ao movimento cultural encampado pelo Forum de Cultura o
que não falta na militância é farta documentaçao, entre ofícios protocolados, vídeos com promessas gravadas e dispoisçao para fazer com que as promessas feitas até agora, de FATO sejam cumpridas.
Por isto, informa ela, publicamos abaixo a lista que tivemos acesso até agora, via outras fontes, dos projetos do FAC 2009 já empenhados.
Queremos fazer um levantamento de quem já recebeu ou já assinou contrato para ter a noçao exata do que está acontecendo e tomar as providências cabíveis no sentido de garantir a imediata regularizaçao da situação.
Sendo assim solicitamos aqueles que são proponentes, entrem em contato com a Profa. Beatriz Salles no email: sallesbeatriz@gmail.com informando a situaçao de seu projeto.
Por isto publicamos no Forum da rede social http:vivacultura.ning.com, a lista dos proponentes, bem como o número do empenho e os valores.
Boa Sorte para todos!
E vamos trabalhar para que possamos não só gritar VIVA CULTURA, mas de fato VIVER dela também.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ato da Cultura contra a Corrupção no DF

Para reflexão....
"O que me preocupa não é o grito dos corruptos, o discurso inflamado dos políticos ou a ira dos imorais e anti-éticos.
O que me preocupa é o silêncio dos bons".
Martin Luther King.

Venha soltar a sua voz
e fazer o seu protesto artístico cultural!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Descentralização da gestão dos Pontos de Cultura: seminário reúne gestores em Brasília


Com a descentralização da ação Pontos de Cultura do Programa Cultura Viva (SCC/MinC), através do Programa Mais Cultura, novos desafios relativos à gestão compartilhada se estabelece entre as esferas de governo.

Capacitar e instruir unidades gestoras estaduais e municipais no acompanhamento e desenvolvimento da gestão dos Pontos de Cultura, assim como reforçar as metas e ações do Mais Cultura para o setor, fortalecendo o protagonismo cultural na sociedade brasileira, são alguns objetivos do 1º Seminário sobre a descentralização da gestão dos Pontos de Cultura, que acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, em Brasília (DF).
Cerca de 50 gestores de todo o país terão a chance de discutir a dinâmica própria relativa à implementação dos novos Pontos de Cultura em estados e municípios - até outubro, já ultrapassavam o quantitativo de 1600 unidades (vide mapa) - avaliando ainda o cenário atual e as perspectivas de interação e articulação com as redes de Pontos de Cultura já estabelecidas - que alcançam mais de 900 unidades.

“A dinâmica do processo de implementação e execução dos projetos de Pontos de Cultura são complexos e o gestores do programa nos estados e municípios conveniados necessitam de acompanhamento e instrução de como executar e implementar a gestão do convênio”, explica Célio Turino, Secretário de Cidadania Cultural do MinC. “O importante é reiterar a implantação de um sistema de informação, monitoramento e funcionamento dos novos convênios”.

Segundo TT Catalão, Diretor de Acesso à Cultura da SCC/MinC, com o início de “novas rotinas” de trabalho compartilhado, “é preciso equalizar as informações, desenvolver a prática do trabalho em rede e dar esclarecimentos sobre a Teia2010, onde todos os antigos e novos Pontos de Cultura se encontrarão”, conclui.

O Programa Mais Cultura/Cultura Viva é concebido como uma rede orgânica de criação e gestão cultural, mediado pelos Pontos de Cultura. Sua implantação prevê um processo contínuo e dinâmico e seu desenvolvimento é semelhante ao de um “organismo vivo” que se articula com atores pré-existentes na sociedade e tem por objetivo ser consolidado como Política Pública no Brasil, desenvolvendo ações transversais entre os Ministérios, Estados e Municípios.
Texto: SCC/MinC

domingo, 6 de dezembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

I Festival Cine Cultura Viva.(Inscrições).


I Festival Cine Cultura Viva: inscrições até 15 de novembro.

O Festival Cine Cultura Viva é uma iniciativa do Grupo de Trabalho Audiovisual dos Pontos de Cultura e da Casa Verde - cultura e meio ambiente, com o apoio da Secretaria do Audiovisual e da Secretaria da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura.

São objetivos do Festival: incentivar a produção de ficção de curta metragem em formato digital, gerar maior visibilidade às realizações dos Pontos de Cultura e integrar produtores independentes, que ainda não estão conectados à rede Cultura Viva.

No ano de 2004, o Ministério da Cultura criou o Programa Cultura Viva que difundiu Pontos de Cultura em todo o país, numa estratégia de reconhecimento, promoção, valorização e fortalecimento da diversidade cultural brasileira.

Hoje, o Programa Cultura Viva conta com a parceria de Secretarias de Cultura de Governos Estaduais e Municipais e já contabiliza uma rede com mais de 2 mil Pontos de Cultura. Cada um desses Pontos, hoje, possui os equipamentos necessários para o ingresso imediato no mundo das produções audiovisuais. Mas, o que ainda falta para a maioria são oportunidades de maior contato com a linguagem e a decisão de encarar esse desafio.

Baseado nos conceitos de Autonomia, e Protagonismo Social, o Programa Cultura Viva tem incentivado os Pontos de Cultura a criar novos espaços de manifestações culturais que proporcionem o fortalecimento dessa rede.

Compreendendo a importância dessa oportunidade, o GT Audiovisual dos Pontos de Cultura e A Casa Verde convidam todos os Pontos de Cultura e demais Produtores Audiovisuais a participarem do I Festival Cine Cultura Viva, que acontecerá em Brasília - DF, entre os dias 09 a 13 de dezembro de 2009.

O I Festival Cine Cultura será composto de uma Mostra Competitiva, um Ciclo de Palestras e Debates e a Mostra Especial Ponto Brasil, que apresentará 30 curtíssimos (até 4 minutos), produzidos por Pontos de Cultura em parceria com a TV Brasil.

Para a Mostra Competitiva, serão selecionados 20 curtas. Os interessados poderão inscrever ficções de 05 a 26 minutos, finalizadas a partir de 2007. Os representantes dos curtas selecionados terão todas as despesas pagas (transporte, hospedagem e alimentação) para participar nos 05 dias de realização do Festival Cine Cultura Viva, em Brasília.

Além disso, o I Festival Cine Cultura Viva concederá 07 troféus para as categorias: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Edição, Melhor Trilha Original, Melhor Ator e Melhor Atriz. Não haverá premiação em dinheiro.

Por fim, os Pontos de Cultura que tiverem seus curtas selecionados para a Mostra Competitiva serão automaticamente incluídos numa Mostra Audiovisual de Pontos de Cultura que acontecerá em Angola, em 2010, sob a coordenação dos Pontos de Cultura ACARTES (Fortaleza - CE) e Fábrica do Futuro (Cataguases - MG).

As inscrições para o I Festival Cine Cultura Viva podem ser realizadas entre os dias 15 de outubro e 15 de novembro.

Mais informações e inscrições: http://www.festivalcineculturaviva.com.br/index.html
Fonte:www.cultura.gov.br

terça-feira, 20 de outubro de 2009

20 Pontos de Cultura no DF.


O Mais Cultura, programa do Ministério da Cultura que integra a Agenda Social do Governo Federal, em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF), lançou edital para selecionar 20 Pontos de Cultura, que receberão R$ 180 mil durante um triênio – R$ 60 mil por ano – para promover a Cultura em Brasília e no Entorno. As inscrições podem ser feitas até 13 de novembro.

Quem pode participar?

Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que sejam de natureza cultural como associações, sindicatos, cooperativas, fundações privadas, escolas caracterizadas como comunitárias, Pontos de Cultura com a prestação de contas aprovada pelo Ministério da Cultura, ou organizações tituladas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e Organizações Sociais (OS), sediadas e com atuação comprovada na área cultural há pelo menos dois anos no Distrito Federal. Pessoas físicas não podem participar da seleção.

Fonte:www.cultura.gov.br

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

#8°ENCONTRO DE ARTE E TECNOLOGIA

Começa na próxima sexta-feira, 23/10, no Museu da República, o 8º Encontro Internacional de Arte e Tecnologia e Territórios (#8.ART) ou A Metamorfose das Identidades.
Para comemorar vinte anos do campo arte e tecnologia na Universidade de Brasília, o encontro contará com parceiros internacionais, apoiados pelo programa de cooperação da União Européia “Europe-pays tiers: le Brésil”, cuja proposta afirma que a arte não fica indiferente à tensa relação entre o local e o global.
No contexto nacional, a relação entre arte e tecnologia, nos últimos 20 anos, expandiu seu campo em novas direções, incorporando e colaborando com fascinantes experiências e transformações no âmbito da arte que emprega meios computacionais, e de telecomunicações, propondo mudanças radicais nos processos criativos, na percepção, no ambiente em que vivemos e, evidentemente, no campo da estética.
O #8.ART propõe como objetivo desvelar a complexa relação política, social e identitária e evidenciar o pensamento artístico, por meio de noções emergentes que permitem compreender e aprofundar as teorias que nascem a partir de novos paradigmas estéticos e que envolvem o pensamento artístico, tecnológico e político. Nesse mesmo contexto, apresentará a exposição intitulada Instinto, com a participação de diversos artistas.
Além disso, o encontro pretende analisar conceitos, tais como território e cultura, materialidade e imaterialidade e confrontá-los com as novas noções oriundas dos meios computacionais, como a noção de trabalho colaborativo, compartilhado em co-autoria, de interator/usuário, de sistema, de virtualidade, artificialidade, simulação, interface, hipertextualidade e interatividade, afim de articular e atualizar os discursos sobre a área de atuação de pesquisa e produção artística.

Exposição Instinto Computacional-Clique no folder para ver detalhes:

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ministro Juca Ferreira comemora redução de imposto para produtores culturais

Supersimples
Ministro Juca Ferreira comemora redução de imposto para produtores culturais

A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira, 7 de outubro, o Projeto de Lei nº 468/2009, que altera a forma de tributação dos produtores culturais no chamado Supersimples. O projeto autoriza a redução de impostos para as empresas de produção artística e cultural e as produtoras cinematográficas e audiovisuais e enquadra essas empresas em faixas de tributação com índices menores no regime diferenciado.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que é um reconhecimento de que a Cultura tem contado com o Congresso para o enfretamento de seus problemas. “Foi muito importante que o Congresso Nacional tenha retificado e incorporado as empresas culturais no Supersimples, porque se não tivessem feito isso inviabilizaria boa parte dessas empresas”.

Para o secretário executivo do MinC, Alfredo Manevy, essa é uma conquista importante para o desenvolvimento da economia da cultura no país. “É preciso fortalecer as empresas culturais do Brasil, que são base de uma economia da cultura que gera mais de 5% da mão de obra ocupada. Essa aprovação também mostra o quanto o Ministério tem se empenhado em fazer da agenda cultural no Congresso uma prioridade absoluta de sua articulação política”, afirma.

Atualmente, essas empresas são tributadas em 17,5%. Com a aprovação do projeto será permitido que as empresas de produção artística e cultural e as produtoras cinematográficas e de audiovisuais sejam tributadas com base em índices que variam de 4,5 % a 16,8 %.

O PLP 468/2009, do Poder Executivo, anexado ao PLP 462/2009, de autoria do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), segue agora à apreciação do Senado Federal.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cine Brasília foi o local escolhido para a manifestação, que cobrou atenção sobre os espaços públicos culturais da cidade


Cine Brasília foi o local escolhido para a manifestação, que cobrou atenção sobre os espaços públicos culturais da cidade

Lúcio Flávio

Publicação: 09/10/2009 08:48 Atualização: 09/10/2009 09:56

Uma manifestação simbólica movimentou artistas da cidade e a comunidade na tarde de ontem no Cine Brasília, na 106/107 Sul(1). O protesto, que reuniu cerca de 70 pessoas, foi uma iniciativa dos atores teatrais Adeílton Lima e Wellington Abreu, com o produtor cultural Doviral Brandão, e tinha como objetivo reivindicar mais atenção das autoridades públicas com relação à precariedade dos espaços culturais da cidade. Palco do mais importante Festival de Cinema do país, o local não foi escolhido aleatoriamente. "Esse protesto no Cine Brasília é uma metáfora da realidade cultural da cidade, é uma situação que não pode mais acontecer", comenta o cineasta Vladimir Carvalho, um dos nomes mais importantes do cinema brasiliense. "É triste precisarmos recorrer a protestos como esse, já virou uma coisa monótona, mas essa indiferença dos poderes públicos é algo perigoso", destaca.

- (Bruno Peres/CB/D.A Press )
Cartazes com dizeres como "política cultural não se faz com maquiagem" ou "onde estão as políticas culturais do GDF?" foram pendurados na fachada principal do espaço. Dezenas de sacos de lixos foram espalhados no hall de entrada do Cine Brasília. Uma maquete do local foi construída e também embalada em sacos de lixo. Segundo os artistas, não é mais admissível que todos os anos o Cine Brasília seja fechado apenas para uma reforma parcial em virtude da realização do Festival de Cinema de Brasília. "Todo mundo sabe que o lugar está completamente sucateado, precisando de reformas urgentes", reclama o ator Adeílton Lima. "A maquiagem é só durante o festival, depois, a sala fica jogada às moscas, às vezes, a sessão é interrompida por falta de público", emenda.

Apresentações
Uma das principais reivindicações da classe é que haja uma política cultural mais consistente para o setor, priorizando a reforma e a manutenção dos espaços já existentes e a criação de centros culturais em cidades que não possuem um lugar adequado para apresentações artísticas. "É preciso criar políticas culturais sérias que caminhem com os artistas, colhendo opiniões da classe", pede o produtor cultural Dorival Brandão, um dos idealizadores do protesto.

A indignação dos artistas aumentou diante da proposta de orçamento para reformas dos espaços culturais da cidade, apresentada no último mês de junho pela Secretaria de Estado em Planejamento e Gestão, durante uma audiência pública realizada no próprio Cine Brasília. Segundo o documento, R$ 50 mil foram destinados para a revitalização de lugares como o Cine Brasília, o Museu de Arte de Brasília (MAB), o Cine Itapuã, no Gama, entre outros espaços. "Como contrasenso, eles estão destinando uma verba de R$ 840 mil para a manutenção do Memorial JK, que é um espaço privado. Não conseguimos entender essa situação", lamenta Dorival Brandão.

- (Bruno Peres/CB/D.A Press )
Hoje, por volta das 9h, uma comissão formada por artistas e professores de arte da cidade levará à secretaria de Cultura a maquete do Cine Brasília simbolicamente embalada no protesto de ontem. "Essa manifestação é um ato independente dos artistas e dos cidadãos brasilienses, ", reforça Adeílton Lima. "Não podemos deixar que os espaços culturais de Brasília se desintegrem perto dos 50 anos da cidade", ressalta. A reportagem do Correio tentou contato com algum representante da Secretaria de Cultura, ontem, mas não obteve sucesso.

1 - Importância
Inaugurado em 1960, o Cine Brasília é um dos mais importantes espaços culturais da cidade. Com capacidade para mais de 600 pessoas, o lugar abriga, desde sua inauguração, o principal festival de cinema do país, que segue para sua 42ª edição. Atualmente sucateado pelo tempo, desde os anos 1970 que o local não passa por uma reforma completa.

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 6 de outubro de 2009

NÃO DEIXEM O CINEMA MORRER!!!!!

Cia de Música:
Não deixe o cinema morrer!
Amigos (as),
No dia 08 de outubro, quinta-feira, às 16h, realizaremos (Adeilton Lima, Wellington Abreu, Walter Sarça e Doriva) mais uma ação artística na rua. A proposta é empacotar o Cine Brasília com sacos de lixo, numa espécie de abraço. Quem quiser se somar a nós, é só chegar.
O Cine Brasília é símbolo da cultura brasiliense e mais uma vez será maquiado para receber o Festival de Cinema/2009, enquanto o Secretário de Cultura anuncia que vai antecipar o edital do FAC de 2010, considerando que sequer divulgou os contemplados de 2009 ou zerou os pagamentos dos editais anteriores. Em defesa de nossa cidade e de nossos artistas e devido ao fato de o governo até aqui não ter apresentado sua política cultural para a cidade, voltaremos à rua para mostrar à sociedade que mais uma vez o governo Arruda e o seu Secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, blefam.
Na ação, cobriremos as duas placas do cinema com plástico preto.
Adeilton Lima
92399644
Doriva
92800517

Conferência Inter-Regional.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Audiência pública pela revitalização do MAB.


Aos 25 anos, o Museu de Arte de Brasília é vítima do descaso das autoridades locais. Problemas estruturais, como infiltrações e rachaduras, levaram ao fechamento do espaço há mais de dois anos. De lá para cá, nenhuma previsão de reforma. As cerca de 1,3 mil obras do MAB estão no Museu Nacional. Trata-se de um tesouro avaliado em US$ 8 milhões, que hoje encontra-se precariamente encaixotado ou meramente encostado nas paredes.

Ação movida pelo Ministério Público já havia determinado a retirada das obras, a restauração do prédio e a devolução do MAB à cidade. Mas tudo indica que trata -se de um abandono proposital para que o acervo do MAB acabe simplesmente – e definitivamente – incorporado ao Museu Nacional. O grande desafio é fazer com que a capital federal tenha mais de um museu, não que um seja destruído para que outro seja valorizado.

Preocupada com a situação de abandono do patrimônio artístico de Brasília e com a tentativa de destruição do MAB, a deputada distrital Erika Kokay (PT) propôs uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA), destinando recursos em 2010 para a reforma do lugar. Também por iniciativa da parlamentar, no próximo dia 23, artistas, museólogos, defensores do patrimônio e autoridades locais se encontrarão na Câmara Legislativa durante audiência pública. O objetivo é buscar alternativas que contribuam para acelerar o processo de recuperação e de valorização de nosso Museu de Arte de Brasília.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Abaixo Assinado Brasilia 50 anos: Agenda Pública por um Sistema Distrital de Cultura

Cidade com personalidade e diversidades múltiplas, Brasília cantada em verso e prosa, visão de espaços e horizontes infinitos, é sobrepujada pela Brasília hospedeira da República, exposta as ignomínias já inerentes à coisa pública e pelas soluções paliativas feitas ao sabor dos oportunismos do momento.Faz-se necessário que nos mobilizemos para promover o reencontro da cidade com sua vocação de Capital Cultural sonhada por JK, potencializando nossas ações através da utilização dos novos meios de comunicação para demonstrar nossa indignação ante o descaso e despreparo do Governo no trato com as questões da Cultura do Distrito Federal.Ansiamos por um novo pacto de governança e governabilidade em 2010 que faça jus à Brasília Capital Cultural da República, Cultura esta que existe, sobrevive, realiza, inova, emociona, e rompe fronteiras apesar da falta de apoio, estrutura e, principalmente, respeito por parte do Estado.Brasília hoje, no discurso do Governo é considerada um "museu a céu aberto". Para nós Segmento da Cultura e Sociedade Civil, ela é um "museu a céu aberto sim, mas ferido de morte, com as vísceras expostas", desrespeitada em sua matéria e memória, onde não existem políticas de preservação e manutenção que justifiquem a honraria concedida pela UNESCO de sermos a primeira capital moderna a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade!.Neste “Museu a céu aberto” observamos 30 regiões administrativas enfermas, carente de mudanças e de re-significar conceitos como preservação, desenvolvimento e promoção da sustentabilidade de seus processos culturais.Isto só será possível com Políticas de Estado que viabilizem respeito a seus patrimônios materiais e imateriais, construídos através do sincretismo cultural de Brasileiros de todos os cantos e encantos, que em algum momento de sua história, esta cidade acolheu.A Conferência Distrital de Cultura é parte fundamental deste processo. Dela dependerá o encaminhamento das diretrizes do que as cidades do DF desejam para cultura de suas Regiões Administrativas. Mas mais que encaminhar estas diretrizes, é preciso que estejamos unidos, organizados e mobilizados para acompanhar na esfera Legislativa e Executiva o desdobramento daquilo que encaminharmos como propostas para o nosso Sistema Distrital de Cultura.E é neste sentido, e por sabermos que o que não estiver refletido no orçamento de 2010, não existirá de fato como política pública é que lançamos neste momento a moção do PELO da Sociedade Civil, o abaixo assinado Brasilia 50 anos: Agenda Pública por um Sistema Distrital de Cultura, que compreende as seguintes solicitações:1. Que a emenda a Lei Orgânica do DF que transforma o FAC em financeiro e já tramita na Câmara Legislativa seja aprovada em caráter de urgência.2. Que as diretrizes apontadas na II Conferência Distrital de Cultura estejam refletidas nos Programas e Ações da Lei Orçamentária de 2010 a ser aprovada até Dezembro de 2009 pela Câmara Legislativae nos futuros PPS - Planos Plurianuais.3. Que seja encaminhada à Câmara Legislativa ao final da Conferência de cultura o Projeto de Lei que cria o Sistema Distrital de Cultura do Distrito Federal.
Para assinar clique aqui: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5020

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cultura Alagoana Exposta em Brasília.


A rede Circo do Mundo Brasil, em parceria com o Circo do Soleil (canadense), promove eventos culturais em Brasília-DF e nosso Estado (AL) será representada por 2 projetos do Circo Social de Alagoas: "Orquídeas de Fogo" e "Sua Majestade o Circo" (este dirigido por Peronilda Andrade, há mais de dez anos).
A representação alagoana será através de telas à óleo sobre tecido, de 6mx2,40, com o tema cultura popular alagoana em Quidam. Os autores das telas são Achiles Escobar, Persivaldo Figueiredo, Kika Pedrosa, Lula Nogueira e Kaká Albuquerque; além de fotos de Pablo Prentice.
O período de exposição e visitação é de 17 de setembro a 04 de outubro próximo, no setor de relações públicas norte, no Centro Poliesportivo Ayrton Senna, no Estacionamento Mané Garrincha, no Plano Piloto, no DF.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CONVITE DA INCUBADORA DE ARTE E CULTURA


Plenário votará a PEC da cultura nesta terça-feria.


O plenário da Câmara dos Deputados vota, nesta terça-feira
(15/09), às 14h, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
150/01 que destina parte dos tributos federais, estaduais,
municipais e do Distrito Federal para a preservação do
patrimônio cultural brasileiro e para a produção e difusão
da cultura nacional. A chamada PEC da Cultura, que tramita
desde 2001, chega ao plenário graças à mobilização da
Frente Parlamentar da Cultura, que é presidida pelo
deputado Geraldo Magela (PT-DF).

Os integrantes da Frente entendem que, a exemplo do que já
ocorre nas áreas de educação e saúde, a valorização da
cultura nacional depende de decisivo e continuado apoio
governamental. Esta é também a regra no resto do mundo,
ou, pelo menos, nos países em que a cultura é considerada
como valor a ser preservado e promovido.

No caso brasileiro, o financiamento do Estado tem outra
importante função: equalizar o acesso e democratizar os
benefícios dos produtos culturais, disseminando-os entre
os segmentos excluídos da sociedade. O ministro da
Cultura, Juca Ferreira, e secretários de Cultura de vários
Estados estarão presentes à votação.

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Obras-primas de museus franceses em EXPOSIÇÃO no DF


Comemorando o Ano da França no Brasil, exposição que já passou por cerca de 50 países, conta com reproduções fiéis de grandes nomes da arte mundial. Em cartaz desde o dia 4, algumas das mais famosas obras de arte do mundo podem ser visitadas no na Capital Federal na Esplanada dos Ministérios.

A exposição apresenta reproduções de peças das coleções dos museus do Louvre, Guimet, Picasso, d’Orsay e do Museu de Belas-Artes de Lyon. No total são 131 reproduções impressas de obras de grandes nomes da arte, e permitirão ao público empreender uma viagem de 8 mil anos através da história da arte ocidental e oriental, com suas diferentes culturas e manifestações artísticas.

Exposição Obras Primas dos Museus da França
Abertura: 2 de setembro
Visitação: 4 a 20 de setembro – terça a sábado, das 10h às 19h30; domingo, até às 17h
Local: Esplanada dos Ministérios, ao lado do Teatro Nacional
Entrada gratuita.

Escola de Música abre inscrições para os Cursos Básicos Pontuais.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Com futuro incerto para sua sede, MAB tem acervo armazenado em más condições


Há mais de dois anos com as portas fechadas por problemas estruturais, o Museu de Arte de Brasília (MAB), localizado no Setor de Hotéis e Turismo Norte (SHTN), tem alocado suas cerca de 1,3 mil obras no Museu Nacional. Sem previsão de reforma pela Secretaria de Cultura e com uma audiência pública para decidir seu futuro hoje à noite, os US$ 8 milhões em obras do acervo do MAB juntam poeira numa sala do museu federal, encaixotadas ou meramente encostadas nas paredes, onde dividem espaço com pias desativadas.

Segundo o diretor do MAB, Glênio Lima, o acervo do museu foi transferido temporariamente para a realização das obras no prédio, interditado em 2007. As obras não foram realizadas até então. Como paliativo, a Cultura tenta resolver alguns dos problemas com a anunciada audiência, às 19h de hoje, no auditório da Biblioteca Nacional.

O secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, não se pronunciou sobre o caso, mas deve responder perguntas da imprensa hoje. Segundo a subsecretária de Políticas Culturais do DF, Ione Carvalho, o motivo da transferência das peças para o Museu Nacional é para que o MAB tenha oportunidade de "tornar-se referência nacional". No entanto, não foi a cena que a reportagem do Jornal de Brasília observou na tarde de ontem, quando não encontrou uma obra sequer do acervo do MAB exposta e ainda armazenada em condições precárias.
As obras estariam, segundo Ione, em processo de recatalogação. Enquanto isso, são mantidas apoiadas nas paredes da sala ou guardadas em caixas de papelão. O museu aguarda a chegada dos trainéis (quadros metálicos utilizados para armazenar pinacotecas) para organizar as obras.
Questionada sobre o acervo não estar exposto e ter perdido sua sede, a subsecretária explica que as obras tiveram que dar lugar a uma outra exposição. "O acervo pertence à Secretaria de Cultura. Quando ele for incorporado ao Museu Nacional, será exposto permanentemente em galeria que exibirá de onde as obras vieram", garante.
Funcionários que trabalhavam em parte das obras em uma sala do Museu Nacional declararam que 15 exposições formadas pelo acervo do Museu de Arte de Brasília foram realizadas e que, no momento, não há revisão para novas mostras.
Comissão:
Ione Carvalho explica que uma comissão foi formada para analisar tecnicamente os prós e contras da fusão entre o MAB e o Museu Nacional e dialogar com a comunidade os pareceres. "A secretaria vai abrir o leque de opções, a população é quem vai escolher", diz.
Glênio Lima ainda lembra que o projeto de reestruturação o prédio do MAB está pronto e em fase de finalização junto ao Executivo. "O prédio não tem estrutura museologicamente’ falando", explica ele,que é complementado por Carvalho: "algumas obras precisam de espaço para serem apreciadas e analisadas".
A ideia da fusão para Glênio Lima parte do princípio de reforçar o patrimônio. "Um museu complementa o outro, inclusive com acervo compartilhado." À espera de uma decisão o futuro do MAB está nas mãos da comunidade.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DF pode ficar sem "Ponto de Cultura"


DF pode ficar sem "Ponto de Cultura"
25/08/2009 17:18


Deputada Erika Kokay pediu que a Câmara analise a questão (Foto: Carlos Gandra/CLDF)
O Distrito Federal corre o risco de ficar sem o projeto "Ponto de Cultura". A deputada Erika Kokay (PT) chamou a atenção para este risco, durante a sessão ordinária desta terça-feira (25). Segundo ela, o GDF assinou convênio com o Ministério da Cultura em 1° de junho, mas até hoje não conseguiu divulgar o edital para seleção do projeto.

De acordo com a deputada, o GDF vem encontrando dificuldades também para garantir a contrapartida financeira obrigatória, prevista no convênio. Kokay pediu que a Câmara analise a questão para tentar evitar que o DF fique de fora do projeto.

O Ponto de Cultura é uma ação Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura. O ministério firmou convênio com os governos estaduais e do DF para disseminar a experiência. O Ponto de Cultura não tem um modelo único, nem de instalações físicas, nem de programação ou atividade. Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e a comunidade.

Luís Cláudio da Silva Alves - Coordenadoria de Comunicação Social

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Audiência pública debate ações do Mais Cultura


Audiência pública debate ações do Mais Cultura
18/08/2009 13:30


Programa Mais Cultura: meios de produção democratizados (Foto: Rinaldo Morelli/CLDF)
O acordo de cooperação firmado pelo Governo do DF com o Ministério da Cultura (MinC), para implantação das ações do Programa Mais Cultura no Distrito Federal, foi alvo de debates realizados na manhã de hoje (18), no plenário da Câmara, em audiência pública proposta pela deputada Erika Kokay (PT), com representantes dos governos federal e local e da sociedade, além de especialistas.

A deputada reforçou a importância de discutir a implantação do acordo com vistas a democratizar a participação na cultura e melhor distribuir os recursos públicos, especialmente para comunidades que vivem à margem dessas ações.


O Programa Mais Cultura surgiu em 2007, pautado na integração e inclusão de todos os segmentos sociais, valorizando a diversidade e os múltiplos contextos do Brasil. "O projeto coloca a cultura como uma necessidade básica do ser humano e como um fator estratégico para a agenda social do país", disse o assessor especial do Governo Federal, Fred Maia.

No Distrito Federal, o acordo de cooperação assinado com o MinC é uma espécie de "acordo guarda-chuva", nas palavras de André Luiz Mendes, assessor técnico do GDF, "abarcando várias ações". Uma delas é a instalação de 20 pontos de cultura, preferencialmente nas cidades do Distrito Federal.

Tetê Catalão, diretor de Acesso à Cultura da Secretaria de Cidadania Cultural do MinC, disse que a demora na instalação de pontos de cultura no DF causa angústia. "É preciso que a comunidade se aproprie dos meios para serem, de fato, protagonistas e darem o seu recado", defendeu. Para ele, os pontos de cultura vão possibilitar essa transformação. "O papel de um ponto de cultura é potencializar o que já existe nas comunidades, e isso é fundamental", concluiu.

Com abordagem bastante conceitual, Chico Simões, da Comunidade Ponto de Cultura Invenção Brasileira, defendeu a importância de valorizar a diversidade cultural, como contraponto à concentração de recursos públicos em manifestações de artistas já consagrados. Se isso não for feito, esclareceu, a cultura está caminhando para o fim.

Edital - Segundo André Mendes, do GDF, o edital de seleção para a escolha das instituições responsáveis pelos pontos de cultura deve ser lançado entre o final de agosto e o início de setembro deste ano. A minuta encontra-se em avaliação na Procuradoria Geral.

"Exigimos ter acesso à minuta para podermos participar do processo de elaboração do certame", cobrou Carlos Augusto (Cacá), do Movimento Cultural Tribo das Artes. Erika Kokay enfatizou que é urgente instalar o comitê de acompanhamento com representantes do movimento cultural, visto que o prazo para tal providência se esgota em 1º de setembro, conforme previsto no acordo de cooperação.

Beatriz Salles, do Fórum de Cultura do DF, lembrou ainda a importância de o edital ser lançado com antecedência para que as instituições interessadas tenham tempo de se capacitarem para aprenderem a preencher adequadamente os formulários.

Ao final da audiência, cópia da minuta do edital foi disponibilizada por Mendes, do GDF, aos representantes do setor de cultura que estavam presentes.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

FACasso e FACão

FACasso e FACão

Texto de Cacá

No início do ano passado, a classe artística conseguiu um avanço na legislação relativa ao Fundo de Arte e Cultura FAC: a aprovação de uma lei que obriga o governo a destinar 0,3% das Receitas para o Fundo. Pensamos que isso seria um FACasso, com potencial para mudar radicalmente o cenário cultural no DF. Mas agora vemos que, mesmo que a importância correta seja incluída no orçamento, o governo continua com liberdade para passar o FACão nos recursos aprovados no orçamento.A emenda ficou igual ao soneto
O FAC de 2008 só foi publicado em outubro. Com isso, não houve tempo para repassar os recursos dos projetos aprovados e quase nada foi investido no exercício.
Outra manobra do ano passado foi a proposta orçamentária do governo para 2009. Ela contemplava diversas transferências financeiras para igrejas como se fossem aplicações no FAC. Com a pressão dos artistas, a manobra foi parcialmente contornada, mas o orçamento não incluiu os 0,3% previstos na lei.
Em 2009, o governo lançou um primeiro edital em fevereiro, mas tão cheio de absurdos que o Fórum de Cultura do DF realizou uma manifestação no dia 17/02, pedindo a sua
revogação e a discussão com os artistas antes da reedição.
Foi revogado, mas a nova publicação não foi discutida com a classe, o valor ficou muito abaixo do orçamento e novos absurdos foram incluídos, dentre eles, um dispositivo que
impede todos os servidores públicos do GDF de participarem.
Na verdade, ainda não conquistamos os 0,3% para o FAC. A emenda só obriga o governo a incluir esse montante no Orçamento, mas não obriga a aplicar. Então, ele fica à vontade para passar o FACão. Se quiser publicar edital com a metade do valor previsto no orçamento, pode. Com um quarto, um décimo, pode também.Por isso, precisamos lutar por outra emenda para garantir os 0,3% do FAC. Agora, sem enganação. É preciso garantir a criação de um fundo de verdade, sob administração de um colegiado e transferível de exercício a exercício.
Lutamos por isso há 20 anos. Pensávamos que tínhamos conquistado, mas fomos ingênuos. É hora de arregaçar as mangas e partir para a ação, superando ou adiando as divergências momentâneas. Quando conquistarmos os 3%, isso será importante para todos

terça-feira, 4 de agosto de 2009

II CONFERÊNCIA DISTRITAL DE CULTURA

A agenda pediu respeito, o Correio pede SOCORRO para os equipamentos culturais!


SOCORRO!!!!!!!!!!!!
Sala Martins Pena sofre com a presença de baratas e escorpiões

Lúcio Flávio
Publicação: 03/08/2009 no Correio Braziliense

Se uma companhia de teatro estrangeira que por aqui desembarcasse com o objetivo de realizar uma peça na Sala Martins Pena, levaria um susto. De cima do palco, a visão de uma das salas do principal espaço cênico do país é de desencanto. Conhecido pela vocação de prestigiar a apresentação de espetáculos da cidade, o local está numa situação crítica, com poltronas sujas, rasgadas e desgastadas, cortinas e carpetes puídos e equipamentos de sons e iluminação deteriorados e ultrapassados. "É uma realidade tão assustadora que a gente não tem nem o que dizer. É triste porque estamos falando de uma das salas do teatro da capital do Brasil", lamenta o diretor teatral Fernando Guimarães.

Um dos nomes mais representativos da cena cultural de Brasília, ao lado do irmão Adriano, o diretor explica que o estado de precariedade não se restringe apenas à Sala Martins Pena. "A Sala Villa-Lobos se encontra na mesma situação, o estado é precário em todo o Teatro Nacional. É preciso reformar tudo", cobra. "A gente não se apresentava na Martins Pena há pelo menos cinco anos. Voltamos lá no ano passado, dentro do Cena Contemporânea, e tomamos um susto. Está tudo detonado", destaca.

Saiba mais...

Desleixo na Sala Martins Pena do Teatro Nacional
A situação denuncia uma realidade que aplaca vários espaços culturais da cidade. No Cine Brasília, por exemplo, o desleixo é deprimente. Nas salas do Teatro Nacional Claudio Santoro não é diferente. Uma visita realizada pela reportagem nas dependências da Sala Martins Pena, na última quarta-feira, mostra que a questão é mais complicada do que pode parecer. Para se ter uma ideia do tamanho da negligência, o espaço está tomado por baratas e escorpiões. "E é do escorpião mais venenoso, aquele amarelinho", detalha o servidor Adauto da Silva, funcionário do teatro desde sua inauguração oficial em abril de 1981. "A última reforma realizada no teatro foi em 1997. De lá para cá, a gente vai se virando. Além de trocar o mobiliário, que está todo estragado, é preciso modernizar os equipamentos de som e iluminação, bastante ultrapassados", denuncia.

» Orçamento
Tanto o secretário-adjunto de Cultura, Beto Sales, quanto o secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, reconhecem o estado de penúria do Teatro Nacional, cujo orçamento de restauro gira em torno de R$ 80 milhões. "A situação de todo os espaços culturais da cidade foi inventariada e diagnosticada pela Subsecretaria de Políticas Culturais. Falta agora colocar a questão num nível executivo, com a possibilidade de parcerias privadas", tenta explicar Beto Sales. Gorgulho é mais pragmático. Admite que a situação das duas salas de teatro estão em péssimo estado, mas pede paciência à classe artística e à sociedade. Segundo ele, tudo se resolverá em seu tempo. Porém, não detalhou "seu tempo".

"A imprensa só noticia o que está faltando ser feito e o que não foi feito ainda. Mas e o que já fizemos?", reclama o secretário. "Infelizmente o governo tem 200 prioridades. Entre trocar poltronas do teatro e um aparelho que detecta câncer num hospital qual é o mais correto? O teatro está passando por uma reforma externa nessa primeira fase onde tiramos goteiras, todo tipo de infiltrações, do teto e também das paredes, além da troca dos 3.391 cubos. Mas logo terminada essa primeira parte vamos abrir nova licitação, buscar dinheiro do governo federal, das estatais", diz.

Gorgulho explica ainda que o maior obstáculo para as reformas das salas do teatro é a burocracia. "Tem um ano que estou pedindo manutenção para os elevadores, mas até hoje não fomos atendidos porque entra licitação, pregão, ou seja, burocracia é a pior coisa que tem", conta. "Outra coisa, para mexer dentro do teatro eu preciso de autorização do Oscar Niemeyer e do Iphan. Mas essa etapa está bastante antecipada. Já fui ao Rio de Janeiro e conversei com o Oscar, o assunto está adiantado", informa.

Uma outra questão levantada pelo diretor Fernando Guimarães é a forma equivocada como se direciona o lucro do teatro que, segundo ele, poderia ser revestido em melhorias para o próprio espaço. "Vai tudo para o Tesouro, isso é lamentável", desabafa. O secretário Gorgulho admite essa falha e promete soluções. "Isso é verdade. Arrecadamos mais ou menos, por mês, R$ 1 milhão, mas parte desse dinheiro não fica no teatro. Queremos criar um projeto para abrir uma conta corrente do teatro. Assim, todo o lucro será revestido em benefícios para o teatro", defende.

Integrante do coletivo SeteBelos, o ator Leônidas Pontes pede soluções rápidas. Ele e os colegas do grupo sentiram na pele os estragos causados na Sala Martins Pena, onde se apresentaram na última semana o espetáculo O segredo para o sucesso. Mas não pensa apenas no desconforto próprio. Olha mais adiante, preocupado no mal-estar de um personagem essencial para o teatro e a classe cênica: o público.

"O lugar fede a mofo. Penso que para uma pessoa alérgica deve ser horrível", sensibiliza. "Acho que o que está faltando para as salas do Teatro Nacional é glamour. Pegue o exemplo do Teatro do Sesc de Ceilândia, por exemplo! Tudo bem que é um espaço novo, mas vemos que há uma manutenção regular. Tanto a Sala Martins Pena quanto a Villa-Lobos precisam ser tratadas com o mesmo carinho. Devolver ao Teatro Nacional a importância que ele merece", destaca.

» Memória
Projetado por Oscar Niemeyer, o Teatro Nacional teve suas obras iniciadas em 30 de julho de 1960. A Sala Martins Pena ficou pronta em 1966 e após 10 anos de funcionamento foi fechada para reforma. A reativação aconteceu em 21 de abril de 1981. Foi a primeira sala a receber público na história do Teatro Nacional. Com 437 poltronas, abriga palco italiano de 235m2 em piso de tábua corrida. Tem por vocação prestigiar os espetáculos da cidade.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Internautas da capital federal aderem à febre do Twitter




Internautas da capital federal aderem à febre do Twitter
Elisa Tecles

Responder à pergunta: “O que você está fazendo?” é o ponto de partida para entrar na rede social que estourou no Brasil este ano, o Twitter. Os usuários da novidade têm poucas linhas (apenas 140 caracteres) para dizer onde estão, o que fazem ou o que pensam naquele momento. As respostas podem ser lidas por qualquer pessoa e essa é a intenção: divulgar uma ideia mundo afora. O brasiliense aderiu à febre do microblog — cerca de 1,5 mil usuários da rede afirmam morar na capital federal. Uma pesquisa pela palavra Brasília revela 93 páginas que levam o nome da cidade no título ou na descrição.

Os twitteiros de Brasília escrevem de tudo, inclusive relatos sobre a rotina, dicas de sites interessantes e discussões ligadas à cidade. Quando decidiu criar uma página no Twitter, o estudante de publicidade Edson Sousa Jr., 20 anos, optou por falar sobre restaurantes e serviços oferecidos na capital. Ele vai ao local e avalia preço, qualidade, ambiente, cordialidade e outros aspectos do estabelecimento. Edson publica a opinião e ela é disseminada para 196 pessoas (número de leitores da página até a noite da última sexta-feira). O Twitter do estudante foi batizado de @ocliente (todos os nomes de páginas da rede são precedidos pela @).

Edson entrou no Twitter depois de notar que os amigos estavam vidrados na nova ferramenta, no fim do ano passado. “A ideia era postar no Twitter o que saísse no meu blog, mas ele acabou se ampliando e começou a ter conteúdo próprio”, disse o estudante. Edson passou a abastecer a página com dicas de estabelecimentos comerciais da cidade e ganhou seguidores. “É a visão de um consumidor comum, que quer produtos bons e baratos. Eu vou aos lugares e sou muito exigente, percebo o tratamento, os preços”, explicou. Além dos restaurantes, ele fala de laboratórios, academias, clínicas veterinárias e qualquer outro lugar que entre na rotina. O autor do @ocliente procura incluir pelo menos um texto por dia na página. “É assim que você sobrevive no Twitter. Sem postar, você fica sumido”, completou.

O uso do Twitter para divulgar dicas da cidade vem ganhando adeptos. Há três meses, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) lançou uma página para avisar aos leitores sobre exposições e mostras de filmes. Sempre que uma novidade aparece na programação, os seguidores são lembrados. “Tínhamos a preocupação de colocar conteúdo relevante nesse canal. Falamos que é o último dia de uma exposição, que daqui a uma hora começa uma sessão de cinema. É uma dinâmica específica”, disse o gerente de internet do Banco do Brasil, Maurício Bichara. O @ccbb_df contava com 1.411 seguidores na noite de sexta-feira.

Endereços candangos
Conheça alguns twitters escritos por gente de Brasília:
» http://twitter.com/deboabrasilia
» http://twitter.com/agendabsb 50anos
» https://twitter.com/BrasiliaDF
» http://twitter.com/ocliente
» http://twitter.com/odeio
» http://twitter.com/ccbb_df

Em duas semanas, 400 seguidores

A cultura no DF é o centro de interesse do Twitter da professora da Universidade de Brasília (UnB) Beatriz Salles, 44 anos. Ela lançou a página @agendabsb50anos há duas semanas para discutir a criação de políticas culturais e o aniversário de 50 anos da cidade. “Usamos o Twitter com o objetivo de sensibilizar a população para a cultura do DF. Ele é um boom no mundo todo porque é de fácil manuseio e a mensagem deve ser direta e concisa”, afirmou Beatriz. A professora usa diversas ferramentas oferecidas pela internet, como o Orkut e blogs, para promover a comunicação entre pessoas interessadas no tema. “Queremos falar sobre a questão do aniversário em si e repensar o que é Brasília e as condições de trabalho da cultura em todas as cidades do DF”, ressaltou. A página reúne quase 400 pessoas, inclusive estudantes, artistas, pesquisadores e representantes da Câmara Legislativa.

A graça do Twitter é que ele tem a utilidade definida pelo autor da página. Pode ser um relato de ações cotidianas, um espaço para debates e críticas calorosas, a divulgação de uma ideia qualquer, ou mesmo para desabafar. O publicitário e aluno de mestrado da UnB Josaías Cardoso Ribeiro Júnior, 30 anos, escolheu a última opção. Criador do @odeio, ele começa a maioria das frases com o verbo na primeira pessoa do singular. Entre as últimas reclamações do estudante, estão “@odeio quem inventou o design dos abadás”, “@odeio quando ganho camisas e elas não cabem em mim” e “@odeio a nova gíria ‘mara’”.

O excesso de rabugentice não incomoda os quase 200 seguidores. “As pessoas sempre dizem que eu reclamo demais e é verdade. Pensei: por que, em vez de guardar, eu não registro as pequenas irritações do dia a dia? Quem sabe não encontre pessoas que concordarão? E sempre tem alguém que concorda com um ou outro ‘odeio’”, afirmou. Os leitores não só concordam, como reproduzem as opiniões de Josaías em suas próprias páginas no Twitter. A ação de copiar o pensamento de um twitteiro (com os devidos créditos) ganhou até nome: retwittar. O publicitário encara o site como uma maneira de exercitar a criatividade e a escrita, por isso não pretende abandoná-lo tão cedo. Pelo visto, os leitores continuarão a se identificar com reclamações sobre trânsito, reuniões de trabalho, aviões e outros elementos que acabam com o humor de Josaías.

A estudante Juliana Carvalho Barros, 17 anos, alcançou a marca de 50 posts em um único dia no Twitter. A dona do @JuCarvalhoo é uma das mais populares de Brasília, com quase 2 mil seguidores. Ela usa a ferramenta para trocar recados e divulgar links de sites interessantes. “Às vezes, eu posto um link que achei legal, jogo conversa fora ou falo o que estou fazendo. Sou viciada no Twitter, todo dia estou lá”, revelou. Quando vê algo diferente na rua, Juliana recorre ao celular com acesso à internet para expor seu pensamento.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Porque eu amo Brasília!




Porque Eu Amo Brasilia!!!

A Agenda Pública; Brasília 50 anos, homenageia Silvio Barbato, o grande maestro brasiliense, que honrosamente levou a cultura de nossa cidade para o Brasil e o mundo. Infelizmente a homenagem é póstuma, uma vez que como todos sabem Silvio Barbato, voou nas asas de seus sonhos... O sonho de fazer de Brasília, a cidade que ele tanto amava a Capital Cultural da República.
Temos certeza que se ele aqui estivesse, estaria conosco, lutando artisticamente, com graça, leveza e inteligência..
Assim sendo estaremos doando 50 livros "O Guarani, Canto de guerra, Canto de Vitória" para as 50 melhores frases sobre o tema: Porque eu amo Brasília.
Este livro, produzido pela Fundação do Banco do Brasil e Fundação Universitária José Bonifácio, é o resultado de sua pesquisa sobre o Compositor Carlos Gomes e contém um CD com a partitura original da ópera "O Guarani", autografada por Silvio Barbato,

Mande sua frases para e-mail: agendapublicabsb50anos@gmail.com

REVISTA VEJA, A MAIS "VENDIDA" DO BRASIL!!!

REVISTA VEJA, A MAIS "EDUCATIVA DO BRASIL!!!
Como bem sabemos, nada na vida é de graça, muitos menos na política...
Por esse e outros motivos, a matéria da revista Veja, desta semana, nos mostra que cada vez mais esse "instrumento de informação" ou da falta dela (informação), está, a todo momento, a serviço dos que pagam melhor... Cada vez mais, chego ao entendimento de que esta revista é uma farsa e só serve para desinformar as pessoas.

REVISTA VEJA, A MAIS VENDIDA DO BRASIL!!! (Isso dá um bom trocadilho)

No dia 15 de junho de 2009, o GDF, portanto, o Arruda, fechou um contrato de valor altíssimo com a Editora Abril, para que fossem distribuídos exemplares da revista veja nas escolas do DF.
No contrato a especificação diz que a aquisição foi feita para que as revistas sejam distribuídas em SALA DE AULA. Será que isso será feito? Será que todas as salas de aula da rede pública do DF poderão contar com um exemplar dessa revista por semana? Ou será que teremos um exemplar em cada escola e nem os professos e, muito menos os alunos, verão esse exemplar semanal? Será que houve um super faturamento no valor pago? Será que o governador realmente acha que lendo essa revista as pessoas estarão se informando e formando enquanto cidadãos? Ou será que esse pequeno gesto com as escolas do DF não passa de uma troca de favores do tipo: "olha, fizemos um contrato bem alto com vcs, então, não podem mais falar mal do GDF..." É meus amigos, ficam aí muitas dúvidas, pelo menos em minha cabeça.
Mas, a primeira matéria, dessa série que devem estar por vir, falando muítissimo bem do GDF, já está em circulação!

Sem contar o que fiquei sabendo ainda hoje: O jornal Correio Braziliense, que também quase não é Arrudista e neoliberal, também está sendo distribuido nas escolas. Será que é um favor desse "importante" veículo de comunicação do DF ao Governo de Arruda e seus amigos? Será que o GDF está mesmo tão interessado em informar os professores e alunos do Distrito Federal com esse jornaleco vendido, alias, comprado pelo próprio Arruda (que manipula TODAS as informações que são publicadas no CB)? Será que o povo do DF acredita nisso, Sr. Pinóquio?

Fiquemos de olho aberto! O Arruda não tem nada de bobo! Se tivesse, não teria sido eleito Governador do DF depois de tudo o que aprontou no Senado Federal...

Post do Blog: Palavras sem Dono
http://palavrassemdono.blogspot.com/

OIA VEJA SÓ

OIA VEJA SÓ

Tiram tudo da gente,
Cultura, lazer,entreteniment o
Só vota num governo desses
quem nasceu para jumento.

E o pior ainda está por vir
Depois de nos alienar, fuder com a cultura do DF dos entes e agentes
Eles estão querendo, num ato de insanidade tirar
A liberdade dos adolsecentes.

Toque de recolher, policia em cada esquina
Vocês verão daqui a algum tempo
Nossa vida em desalento

Por isso vou finalizar pois assim não dá
com uma frase de mal presságio
O nosso livro didático mudou, pro pior josrnalismo que há.

Wellington Abreu

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pianista belga descobriu a música do maestro Santoro em viagens pelo Brasil


Pianista belga descobriu a música do maestro Santoro em viagens pelo Brasil

Ana Clara Brant

Publicação: 29/07/2009 07:54 Atualização: 29/07/2009 08:13

Ferraux:
Ferraux: "A música Claudio Santoro é especialmente inspirada e sua obra é como um caleidoscópio"
Muitos acreditam que o maestro Cláudio Santoro chega a ser mais reconhecido fora do país do que aqui, especialmente nos locais onde viveu e foi professor como a Alemanha, França e até a extinta União Soviética. O fato é que até hoje, apesar de o número de gravações de orquestras e músicos eruditos ter diminuído em todos os países, é possível encontrar quem ainda faz questão de eternizar a obra dos grandes nomes da música clássica.

“Hoje, quase ninguém grava mais e caiu também a venda de discos, muito por causa da internet. Na Europa, as principais filarmônicas ainda gravam e regravam as peças dos grandes compositores, pela própria cultura do europeu de venerar o erudito. Mas isso tem se tornado cada vez mais raro”, comenta Gisèle Santoro, viúva do maestro.

No caso de solistas, ainda é comum encontrar gravações nesse estilo, mesmo inéditas. Esse é o caso do pianista belga Pierre Ferraux, um fã declarado dos compositores brasileiros e que acaba de lançar o CD Brasileiro, Paisagens do Brasil, com clássicos de Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Radamés Gnatalli e claro, Claudio Santoro, de quem é grande admirador. “Sempre fiz questão de prestigiar nas minhas apresentações e gravações o trabalho dos compositores do Brasil. Sou um fã do país e de sua música”, festeja.

Saiba mais...
Claudio Santoro ainda é reverenciado e gravado por compositores
Quando o assunto é o reconhecimento interno a professora de música Beatriz Salles, que foi chefe do Departamento de Música da UnB, justamente criado por Santoro, cobra mais ações do governo, principalmente com relação à recuperação e manutenção de patrimônios materiais e imateriais de personalidades como Claudio Santoro. “Infelizmente, na minha opinião, ele não é reverenciado da maneira que merece no país. Existe um problema muito sério com relação ao acervo dele. Brasília não tem nenhuma política pública com relação a isso. Cabe ao governo local e federal, além da UnB, onde ele foi professor e fundador do Departamento de Música, viabilizar isso”, opina ela, que acredita ser um momento propício para tal ação, já que a capital está prestes a completar 50 anos. “A obra não só do Santoro, como de tantos outros que vieram para cá e acreditaram nessa cidade são patrimônios de Brasília e do Brasil. Não podemos pensar no futuro sem preservar o passado”, acrescenta Beatriz.


» Três perguntas - Pierre Ferraux

Por que o interesse pela música brasileira?
Na Europa, quando um pianista entra na faculdade de música, ele tem de aprender obras mestras de grandes compositores como Bach, Beethoven, Chopin, e desenvolver seu repertório de recitais. No meu caso, enquanto tocava aquelas obras, eu me interessava por outras desconhecidas e raramente tocadas. Sempre tive o hábito de mixar essas descobertas com o repertório tradicional para construir um bom programa de concerto. Há alguns anos, vindo regularmente ao Brasil para tocar e dar masterclasses (no Curso Internacional de Verão de Brasília), acabei descobrindo muitas obras e compositores do Brasil que não conhecia. Devo dizer que uma “nova porta” se abriu para que eu aprendesse um repertório que eu nunca havia tocando antes na Europa. Também a música brasileira me trouxe novas sensações: complexidade rítmica, música muito viva, algumas trazendo reminiscências de canções folclóricas, influenciada pela música de diferentes continentes do mundo.

Qual a sua opinião sobre Claudio Santoro? Como conheceu o trabalho dele?
À medida que eu ia descobrindo e aprendendo sobre muitos compositores do Brasil, ia intencionalmente montando um painel de diferentes cores e construindo dessa maneira um programa para o CD, por isso até que escolhi o título Paisagens. Para a realização desse trabalho, escutei e li muitas partituras desses compositores. Claudio Santoro merece ser conhecido em todo mundo. O conjunto de sua obra contém um imenso painel de emoções, de múltiplas influências, algumas vezes com um ritmo muito vivaz, às vezes até usando a linguagem da bossa nova ou do jazz. Sua música é especialmente inspirada e sua obra é como um caleidoscópio.

Por que decidiu incluir Santoro em seu discos e qual as canções escolhidas?
Enquanto eu me debruçava sobre a obra de Santoro, meu primeiro desejo era gravar as 7 Paulistanas que levam a música ao mais alto grau de inspiração e emoção numa notável diversidade. Pode-se sentir uma melodia doce com o suave balanço de um acompanhamento. Outras partes são inspiradas em danças brasileiras (catira, choro, etc.), e então uma canção de inspiração jazzística. O ciclo termina com uma sonata em um movimento que mostra a grande complexidade polirrítmica e o som brasileiro.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Festa dos 50 anos pensada por autoridades??????

MATÉRIA DO CORREIO BRASILIENSE

BRASÍLIA 50 ANOS
Festa pensada por autoridades

Jurtistas e ex-governadores, entre outras personalidades, vão integrar comissão sobre o aniversário da capital. Arruda presidirá o grupo


Ana Maria Campos



Uma comissão formada por 50 autoridades que vivem na capital do país — entre os quais seis ex-governadores do DF, os presidentes do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes — vai se encarregar de preparar propostas para a festa do cinquentenário de Brasília. Os representantes do órgão consultivo, presidido pelo governador José Roberto Arruda (DEM), tomarão posse no próximo dia 5, em solenidade no Museu da República.

Os convites estão a cargo do vice-governador Paulo Octávio (DEM), que nas últimas duas semanas tem conversado com cada um dos escolhidos. Na última sexta-feira, ele telefonou para o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB) para consultá-lo sobre a possibilidade de participar do grupo. A proposta foi aceita, mas o peemedebista não irá à posse porque viajou para os Estados Unidos. Maria de Lourdes Abadia (PSDB), o senador Cristovam Buarque (PDT), o conselheiro Ronaldo Costa Couto, do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), e os empresários José Ornellas e Wanderley Vallim, todos ex-governadores, confirmaram presença na cerimônia.

Polêmica
Paulo Octávio garante que a escolha dos membros da comissão deixou interesses políticos de lado. “Brasília está acima dessas discussões eleitorais”, afirmou. A proposta de convidar Roriz para a discussão sobre a festa de 50 anos de Brasília despertou controvérsias no governo, já que no próximo ano haverá eleição e existe uma possibilidade de o peemedebista concorrer a um novo mandato contra a atual administração. Mas a ideia acabou prevalecendo a pedido do vice-governador. “A celebração dos 50 anos de Brasília não tem uma conotação política”, reiterou ao Correio.

Entre as autoridades políticas convidadas estão ainda o senador Adelmir Santana (DEM-DF), como presidente da Fecomércio-DF (Federação do Comércio), e o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que preside comissão da Câmara dos Deputados sobre o aniversário da capital federal. O presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), também está na lista. Pelo governo federal, dois ministros, Luiz Barretto (Turismo) e Juca Ferreira (Cultura), também estarão na comissão. Paulo Octávio decidiu incluir ainda o procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, e os presidentes do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Paulo César Ávila, e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, desembargador Nívio Gonçalves.

De acordo com o vice-governador, o senador José Sarney, envolvido numa crise no Senado por conta de denúncias de favorecimento a familiares, prometeu participar da solenidade no Museu da República. O convite, no entanto, é para o presidente do Congresso Nacional. Caso Sarney decida se afastar ou renunciar ao cargo, seu substituto deverá ganhar assento na comissão. Um outro grupo executivo presidido por Paulo Octávio, formado por 15 integrantes do governo, vai colocar em prática as ideias apresentadas pela comissão consultiva com 50 autoridades.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

BRASÍLIA 50 ANOS!!!!!!!!!!!!!


A Capital da Esperança:
Tornou-se realidade...
De um sonho de dom Bosco:
À grandiosa cidade...
Por JK construída:
Dia a dia nos invade...


Brasília surgiu a esmo?!:
Seu nome foi registrado...
Ano 1822:.
Em artigo publicado...
Na Tipografia Rolandiana:
Por oculto deputado...


Deputado des.conhecido:
A Brasília o nome deu...
Aditamento à Constituição:
A História assim se deu...
Logo no primeiro artigo:
Nossa Brasília: Nasceu...


Brasília era nome corrente:
Bonifácio persistiu...
Propôs a nova capital:
Preconizou: Anteviu...
O lindo nome de Brasília:
Ele também sugeriu...


2 de outubro de 56:
JK aqui desceu...
Com Lott, Lúcio e Israel:
O Cerrado percorreu...
+ Ernesto, Nélson, Balbino:
O fato assim aconteceu...


JK com entusiasmo:
Veio ao Planalto Central...
Trouxe Régis e Oscar:
Adentrou-se ao matagal...
Onde é o Catetinho:
Raiz da nossa Capital...


Na primeira comitiva:
Veio Bernardo Sayão...
Governador Ludovico:
Deu apoio à construção...
E Altamiro Pacheco:
Teve participação...


Esteve lá no Cruzeiro:
Perto do Memorial...
Deixou a marca da luz:
No centro da Capital...
Café na Fazenda Gama:
À vontade no quintal...


Lucio Costa rabiscou:
Ave-cidade-avião...
Pássarinho-borboletra:
Libélula em evolução...
Um vôo extraordinário:
No Planalto da Nação...


A cidade foi sonhada:
Por profetas, visionários...
Poetas a anteviram:
Muitos a preconizaram...
Juscelino a construiu:
'Anjos' a eternizaram...


Era um vale vastíssimo:
Torto, Gama, Bananal...
Vicente Pires: Riacho Fundo:
Bela Água Mineral...
Era o Sítio Castanho:
Hoje é nossa Capital...


Havia fazenda de gado:
No meio do Planalto Central...
Um descampado sem-fim:
Cerrado monumental...
Agora é uma Alvorada:
Nave do transcendental...


Nascente de três bacias:
No Altiplano da Nação...
Águas Emendadas é:
As veias do coração...
As artérias de Brasília:
Devem ter preservação...


"Vale convexo" de Belcher:
Rios Preto e Descoberto...
Talvegue do Santa Rita:
Na vastidão do incerto...
Criou-se o Paranoá:
Na imensidão do deserto...


O Lago Paranoá:
É o nosso Pantanal...
Linha D`água: Cota Mil:
É vida para a Capital...
40 km de compasso:
Aquífero monumental...


O Lago Paranoá:
Melhorou a umidade...
5 km de largura:
35 m de profundidade...
600 milhões de m³:
Banham a nossa cidade...


Colosso da Arquitetura
Urbi revolucionária...!
Homem deitado e em pé:
Congresso - Rodoviária...
Megalópolis do Planalto:
Epopéia visionária...


Cidade-mater do Brasil:
Um orgulho nacional...
Feito Londres sertaneja:
Jerusalém Tropical:
É a Roma do Cerrado:
Ás do Planalto Central...


Brasília teve (têm) inimigos:
Ferrenhos adversários...
Venceu os seus oponentes:
Na saga dos operários...
Servidores bandeirantes:
Persistentes visionários...

Nova Capital do Brasil:
Comissão de Localização...
Marechal José Pessoa:
Comandou a Direção...
Ernesto Silva na Equipe:
Saúde, Arte-Educação...


Candangos e engenheiros:
Pedreiros e arquitetos...
Obreiros de uma Nação:
Futuro e destino incertos...
Sertanejos resistentes:
Desbravadores: honestos...


24 de setembro 1956:
Novacap em ação...
Israel Pinheiro da Silva:
Engenheiro Bernardo Sayão...
Ernesto Silva, Íris Meinberg:
São heróis da construção...


Aos candangos da Brasília:
Rendo a minha homenagem...
Com suor, sangue e poesia:
Arquitextual mensagem...
Construíram a nave-mãe:
Em permanente viagem...


Brasília hoje é um pólo
Pulsa cri@tividade...
Poesia à flor da pele
Nas artérias da Cidade
Os candangos são heróis:
Bandeirantes de verdade...


Há de tudo por aqui:
Espaço-multiplicidade...
Arquitetura inovadora:
Sonhos:Zengenhosidade
A Capital do Brasil
Dá asas à Liberdade...

Gustavo Dourado
www.gustavodourado.com.br

quinta-feira, 16 de julho de 2009

TRIBO DAS ARTES; ARTE EM TAGUATINGA


REVOLUÇÃO CULTURAL EM TAGUATINGA
A Tribo das Artes é um movimento cultural idealizado por artistas de Taguatinga, "sem sede, sem capital, e sem patrimônio físico", mas com muita história de arte e cultura popular. Criado em setembro de 2000, a turma da Tribo não mede esforços para continuar realizando seus "Saraus", e recentemente transferiu suas apresentações para o Teatro da Praça,no centro de Taguatinga, "com forma de chamar atenção dos grupo culturais do Distrito Federal, para aquele importante espaço".
A ocupação do Teatro da Praça pela Tribo das Artes, aconteceu no último dia 14 de julho, com o lançamento da Revista da Tribo, o lançamento do livro "O Mundo depois do Fim", de Gabriel Marinho, a performance poética do ator Daniel Pedro,o documentário sobre os Radicais Livres de São Sebastião,o espetáculo de Adeilton Lima, a música de Gilson Alencar, o artesanato de Patricia Almeida, Consolação Toledo e Davina Bento, além da participação espontânea com declamação de poesias do público presente.


Revolucionária a Tribo das Artes, realiza quinzenalmente o ciclo de estudos da teoria e história da luta de classes, tendo como base os clássicos do marxismo, “visando a construção de um apoio teórico para compreensão do papel das artes no processo de construção de um mundo sem exploradores nem explorados”, declama Carlos Augusto(Cacá).



A Tribo das Artes conta com o apoio de muitos parceiros e admiradores para continuar insubordinando a arte em Taguatinga. Na linha de frente o Riter Lima,Máximo Mansur, Lua de Abril, Daniel Pedro, Deliane Leite, Cacá e Claudia Almeida, na retaguarda o Francisco Cruz,Carlos Araújo, Márcio Alencar, Fátima Araújo, Edimar Almeida,Suene Silva, Beth Jardim, Anabe Lopes, Jorge Augusto, Gilson Alencar e Heron Luiz.
A Tribo também conta com o apoio de muitos artistas brasilienses, como é o caso de Adeilton Lima, que chama atenção do governo do Distrito federal, para situação dos espaços públicos voltados para as artes.


Clique para ver a galeria de fotos


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Software Musibraille:música na escuridão!


Lançado em Brasília o Software Musibraille, criado pela coordenadora do Curso de Musicografia Braille da Escola de Música de Brasília, Dolores Tomé, e pelo professore do Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), José Antonio dos Santos Borges.O Musibraille, " veio para mudar a vida dos deficientes visuais, criando condições de aprendizagem musical para quem perdeu a visão" diz Dolores.
O lançamento aconteceu na Biblioteca Nacional de Brasília, em solenidade concorrida,e o evento contou com as presenças do Governador José Roberto Arruda; do Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende,do Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Américo Córdula,e do secretario de Cultura do DF, Silvestre Gorgulho,entre outras autoridades.

Dolores Tomé, flautista e especialista em musicografia braille, explica que o Musibraille é o primeiro software em língua portuguesa capaz de transcrever partituras musicais para o braille. "A partir de agora, poderemos atender todos os cegos e acabar com a essa história de professores de música que recusam a dar aulas para cegos por não saberem o braille".Com o programa será possível ensinar a parte teórica da mesma forma para todos, e o professor capacitado poderá ajudar ao aluno cego a ter acesso ao material. “Com a partitura dentro das universidades, conservatórios e escolas de música, o cego não pode ser um mero aluno ouvinte. Agora, ele terá as ferramentas para ler as partituras”,diz.



Segundo o prof. da UFRJ, José Antonio dos Santos Borges, doutor em Engenharia de Sistemas e Computação e parceiro de Dolores no Musibraille,o programa demorou nove anos para ficar pronto e teve o patrocínio da Petrobrás, com custo total de R$ 200 mil.



O Musibraille será apresentado em oficinas de capacitação que serão realizadas em várias capitais do Brasil, e também será distribuído na internet para ser baixado gratuitamente.
A programação de oficinas prevê capacitações em Brasília (de 7 a 10 de julho na Biblioteca Nacional de Brasília); em Recife (de 3 a 7 de agosto na Biblioteca Pública Pernambucana da Secretaria de Educação do Estado); em Belém (de 1 a 5 de setembro na Universidade Federal do Pará); no Rio de Janeiro (de 5 a 9 de outubro no Instituto Benjamim Constant); e em Porto Alegre (de 9 a 13 de novembro em local a definir).
Mais informações podem ser obtidas com a coordenadora do projeto, Dolores Tomé no e-mail dolorestome@terra.com.br.

Veja outras entrevistas:

ORLANDO BRITO- MÚSICO DO MATO GROSSO
http://www.youtube.com/watch?v=wJmUVqQ2mbk
Carlos Alberto Miranda- Coordenador de Comunicação da Petrobrás
http://www.youtube.com/v/kEV1BptwU4g&hl=pt-br&fs=1&
Silvestre Gorgulho-Secretário de Cultura do DF
http://www.youtube.com/v/JCONsV1YGTs&hl=pt-br&fs=1&
Martinha Clarete - Diretora de Políticas de Educação Especial do ME
http://www.youtube.com/watch?v=vlF657xDsR8

Clique aqui para conhecer o projeto Musibraille

http://intervox.nce.ufrj.br/musibraille/acervo.htm

Produzido pela Agenda Pública: Brasília 50 anos!

sábado, 4 de julho de 2009

Queremos uma festa do povo e com o povo!!!


A professora e coordenadora do Grupo de Produção Cultural do Instituto de Artes critica a contratação exclusiva de artistas de fora para o aniversário da cidade.

A contagem regressiva para os 50 anos de Brasília começou com a articulação de intelectuais e pensadores para festejar o jubileu da cidade (veja aqui). Porém, a classe artística local teme ser esquecida da festa. A professora Beatriz Salles, do Departamento de Música da Universidade de Brasília, liderou na semana passada um debate na Comissão Geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal, juntamente com o Fórum de Cultura do DF e Entorno para garantir que os artistas locais tenham preferência nas festas dos 50 anos.

Em entrevista à UnB Agência, ela fala das demandas do Movimento Viva a Cultura da Capital, lançado pela UnB em parceria com o Fórum de Cultura do DF e a Frente Parlamentar Pró Cultura e Identidade. O grupo reivindica que os espetáculos de aniversário circulem por todas as cidades do DF, que todos os movimentos culturais participem da festa e que os pioneiros da cultura em Brasília sejam valorizados.

UnB Agência - O que é o Fórum de Cultura do DF?
Beatriz Salles - O Fórum foi criado em 2007, na intenção de articular as diferentes áreas e movimentos da cultura do DF em um só espaço, e fomentar a criação de outros. Juntos, tentamos viabilizar políticas de Estado que realmente atendam as demandas da cultura local. Nossa principal demanda é viabilizar a criação de um Sistema Distrital de Cultura e consideramos que fazer parte da comissão que vai decidir as festividades dos 50 anos de Brasília, em 2010, é o primeiro passo para discutirmos a cultura que queremos para nossa cidade. A Comissão do Fórum quer sentar à mesa de negociação e trazer as demandas da sociedade. Nosso foco é a criação de uma agenda pública permanente para a cultura do DF.

UnB Agência - E o que esta Comissão vai reivindicar?
Beatriz - Acreditamos que a festa deve priorizar os artistas locais e apresentações de todas as vertentes artísticas. Essa festa deveria circular por todas as cidades satélites e, por fim, culminar em uma grande festa na Esplanada dos Ministérios, se assim for o desejo do governo. Queremos uma festa do povo e com o povo, não somente uma festa para o povo. Se a verba disponível é de R$ 12,5 milhões, ótimo. Queremos sentar e discutir como esse dinheiro será gasto. . Também sugerimos à Câmara a criação de uma comissão especial permanente, onde por meio de audiências públicas temáticas, ouviriamos as demandas especificas de cada área, a fim de apresentar projeto de lei para um Sistema Distrital de Cultura. Isso sim seria um marco histórico.

UnB Agência - O que os artistas locais acharam da contratação da Xuxa para o aniversário de 49 anos?
Beatriz - Um desrespeito, vimos como uma ofensa. O vice-governador disse que Cláudia Leitte e Xuxa são a alma da cidade e nós não concordamos. Percebemos com isso que não há vontade de o governo tornar Brasília uma capital que valoriza o que é feito aqui. Cadê o recurso para fomentar a cultura do DF que leva o nome de Brasília nacional e internacionalmente? O governo vai pra Salvador e resolve importar o carnaval para a capital, mas o que ele esquece é que se hoje o carnaval baiano é exportado, isso veio de uma política de fomento à cultura local. Ao invés de importar o modelo de política cultural que viabilizou a inserção da Bahia no contexto nacional e internacional, eles copiam o projeto, que de forma nenhuma tem afinidade com a proposta de Brasília.

UnB Agência - Mas a festa não foi um sucesso?
Beatriz - Nosso problema não é com a escolha dos artistas de fora, mas com o esquecimento total dos locais. Nenhum artista da cidade se apresentou. E mais, eles pagam R$ 600 mil em um cachê que poderia viabilizar a sustentabilidade de 10 projetos socioeducativos por um ano. O que o governo não entende é que o investimento em projetos socioeducativos e culturais viabilizaria uma economia em segurança pública, em saúde, promovendo a justiça social e diminuindo a violência presente hoje em todos os segmentos e classes sociais.

UnB Agência - Os grandes artistas locais participam desta discussão?
Beatriz - Os Melhores do Mundo participam do Fórum e um dos membros do Capital Inicial também. Nossa intenção é fazer uma discussão com todos esses artistas. Entendemos que os que já ganharam espaço na grande mídia são fundamentais para abrir espaço para os outros. Os pioneiros como Neusa França, Palmerinda Donato e Athos Bulcão deveriam ser valorizados. A Fundação Athos Bulcão, despejada em 2008, espera até hoje por um novo espaço. A recuperação do Teatro Nacional, do Cine Brasília, do Cine Itapuã, do Centro de Cultura Popular da Ceilândia, também. Valorizar a cultura de Brasília também significa respeitar e cuidar dos espaços por onde ela circula.

Produzido pela Assessoria de Imprensa da UNB
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=1679